Esqueça o saquê, drinks combinam (e muito) com sushi

O saquê está para o sushi, como o vinho para a pasta italiana. São indissociáveis na origem. Mas a popularização da mixologia trouxe novos ares e possibilidades muito interessantes - e menos óbvias - de harmonização nos restaurantes japoneses mundo afora (ou mesmo na sua casa). O movimento é tão forte, que os garçons de qualquer sushi bar quase que invariavelmente já sabem preparar pelo menos alguns drinques básicos para acompanhar cortes e enrolados de peixe cru. 

Mas obviamente, não é qualquer um que vai bem com a delicada culinária da terra do sol nascente. É preciso bom senso, e a primeira lição é: coquetéis doces definitivamente não combinam com sashimis e afins. O dulçor mata toda a sutileza do sabor do peixe. Dito isso, vamos às dicas de harmonização com gim para que aquele 'japinha' nunca mais seja o mesmo.

Coquetéis ácidos:

O sushi é basicamente a combinação de uma proteína rica em óleos gordurosos e arroz com vinagre (de arroz). Portanto, é importante que a bebida contribua com um teor razoável de acidez, que rompe a gordura e traz à tona a doçura do peixe. O YVY AR é um gin cítrico que leva na receita ingredientes como pitanga e morango silvestre e, portanto, é muito bem-vindo em drinques com frutas amarelas mais ácidas, numa dobradinha incrível com uramakis, niguiris e makimonos.

Coquetéis ricos em umami: 

Umami é o quinto gosto básico reconhecido pelo paladar, encontrado em diversos alimentos, entre eles o peixe. Em vez de pedir uma bebida doce ou amarga, use os sabores do pescado como guia. Bons exemplos de coquetéis nesta linha são o Dry Martini e o Bloody Mary.

Coquetéis feitos com ingredientes japoneses:

Já dizia o ditado, 'quando em Roma, faça como os romanos'. Portanto, ingredientes tipicamente japoneses nos drinks podem ser ótimos  aliados. O gengibre, por exemplo, é um excelente limpador das papilas gustativas. Neste caso, uma combinação certeira é YVY TERRA com ginger ale. Já o YVY MAR tem um pouco de Japão no próprio DNA e leva na composição, entre outros botânicos, a alga kombu, responsável pela textura viscosa e única desse gim. É uma base perfeita, por exemplo, para um refrescante G&T de yusu, fruta cítrica oriental da família da laranja e do limão.

De um modo geral, os sabores herbáceos do gim combinam muito bem com peixes crus. Um simples G&T com pepino e limão já é companhia de categoria para um atum mais gordo, salmão, peixes brancos e até crustáceos. Então, deixe o convencional um pouco de lado e divirta-se. Kanpai!